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domingo, 27 de abril de 2014

Testando o limpa tipos (borracha artística) da Pelikan

 Olá artistas!

Hoje vim falar sobre um produto que acabei de testar, a borracha artística (borracha maleável,limpa tipos, miolo de pão, borracha putty,"kneaded eraser") da Pelikan.


Chamo de limpa tipos porque aprendi assim tá!? Aqui na minha região é difícil ver alguém chamando de borracha artística, miolo de pão, etc,rs.

Bem, mas vamos ao que interessa! Recebi ontem para testar. Não sei como estão as outras partes do Brasil, aqui o preço subiu horrores! Minha chefe achou este da Pelikan por um preço melhor para substituir os da marca Bonna, que eram baratos porém caíram em qualidade. Até postei no meu facebook que o meu limpa-tipos desta marca estava derretendo em um dia de calor.

Este da Pelikan vem uma embalagem tradicional, um plastico de proteção que não protege tanto. O ideal é guardar seu limpa-tipos dentro de uma caixinha, tipo potinho de guache vazio e bem limpo, embalagem do brinquedinho que vem no Kinder Ovo, etc.

Sempre usamos limpa tipos por partes. Você tira um pedaço e depois que ele fica sujo jogamos fora e pegamos outro.



 Para ver o poder de limpeza usei os dois lápis que meus alunos mais utilizam, o 2B e o 6B da Faber.


Peguei os lápis e desenhei em uma folha três linhas.


Passando uma vez o limpa tipos tive esse resultado.


Na segunda vez ficou assim:


Não satisfeita, passei várias vezes e o resultado foi esse. Praticamente toda a linha que fiz fraquinha sumiu. Isto é normal viu pessoal iniciante, o limpa tipos não apaga, ele clareia só. Quando há um excesso de produto depositado nas fibras da folha ele não consegue tirar mesmo. Aí neste caso tem que apelar para uma borracha branca, de preferência uma plástica, que é abrasiva só que não detona seu papel.


Meu segundo teste foi fazendo um sombreado na folha com o lápis 6B.

Achei que foi bem digno o resultado, olha a sujeira do 6B grudada no limpa tipos.


Eu quando preciso clarear uma grande área (quem nunca fez uma burrada e pesou demais na mão né) aproveito que o limpa tipos é bem maleável e modelo ele em formato de cobrinha e vou rolando a cobrinha em cima do desenho. 



Modelando a cobrinha,rs. 
 Preparando o limpa tipos para passar em cima do desenho.



 O sombreado clareado e o limpa tipos sujo.

Por favor, não reparem na minha unha tá,kkkk.

Resumindo, eu achei ele ótimo, cumpre sua função, não é melequento. Esqueci de dizer que quando um lado está sujo, é só amassar o limpa-tipos e usá-lo de novo.

Testei em uma manhã fria de sábado só que fiz questão de ficar amassando ele na mão e ver o que acontecia, e nada, ficou intacto. Cinco girassóis de Van Gogh para ele!



Até mais pessoal!




segunda-feira, 21 de abril de 2014

Que diabos é esse livro " Destrua esse diário (Wreck this journal)" ?

Olá artistas e arteiros de plantão!

Hoje eu vim falar de um livro mutcho louco! kkkkkkk



Faz tempo que vejo pessoas publicando desenhos que fizeram em seus "diários". Acho muito legal ter um diário para registrar seus estudos e esboços, porém sou meio contra de deixar nossas obras em um caderno, diário. Imagina ter que desmontar o diário e estragar alguma coisa para montar uma exposição?
 #josiempanico# kkkkk.

Ele não é um diário normal, foi feito para ser destruído (como já diz o título), que é uma coisa muito louca, principalmente para quem é apegado aos livros. Estes dias chegou nas minhas mãos por uma aluna o tal livro. E não é que achei legal?

Dei uma olhada na página oficial, lá dá para ler "trechos" do livro. A ideia (para você que está sem entender nada) é um diário para divertir e estimular a criatividade através de propostas que façam a pessoa a buscar e experienciar novas possibilidades artísticas. 

A autora, a ilustradora Keri Smith comenta no livro que algumas ideias vieram para despertar uma pesquisa pictórica, achar o seu "estilo", e outras de momentos de raiva mesmo,hehehe. Segundo o site:



"A ideia surgiu quando Smith começou a refletir sobre o início da sua carreira como artista e percebeu que o perfeccionismo tão exaltado na nossa cultura era um grande empecilho do processo criativo. A experiência fez com que ela entendesse que é preciso esculhambar a monotonia e o lugar-comum para que o novo possa surgir."



Concluindo, achei ótimo o livro. Achei muito válido para quem detesta (ou não entende) arte contemporânea, para começar a fazer experiencias com os sentidos e entender mais de processos artísticos de criação (um mais doido que o outro).
O preço é bom (média de R$20,00 na minha pesquisa na internet) e é um ótimo presente para adolescentes e adultos criativos, artistas e bem - humorados. Só acho que eu não teria coragem de levar o diário para passear como se fosse um cachorro puxado por um barbante. É performático demais para mim,rs.Cinco girassóis para ele!





OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!NÃO COLOQUEI IDEIAS SOBRE O QUE FAZER NAS PROPOSTAS  DO LIVRO AQUI PORQUE ACHO QUE CADA UM DEVE PROCURAR SUA POÉTICA (SEU ESTILO) E NÃO FICAR COPIANDO OS OUTROS. ISSO É SE BOICOTAR. EVITEM DAR UMA PESQUISADA NAS IMAGENS TÁ! 

 #FICAADICA#

Até mais pessoal! :D

terça-feira, 15 de abril de 2014

15 de abril - Dia do desenhista!

Parabéns para os arteiros dos rabiscos geniais! Hoje é nosso dia!

 Esta data foi escolhida por meio de uma votação da Associação Internacional das Artes (IAA), maior organização não-governamental de artistas visuais - criada em 1954, por iniciativa da Unesco.
A data foi escolhida em homenagem ao grande gênio italiano Leonardo da Vinci, que nasceu no dia 15 de abril de 1452. 

Leonardo da Vinci foi um dos maiores artistas renascentistas e atuava em vários segmentos da arte, principalmente o desenho, que era usado com frequência nos seus estudos, das mais variadas formas - tanto quanto para ilustrar e explicar seus inventos. Ao longo da história, o desenho evoluiu no mesmo ritmo que a própria humanidade, mas jamais perdeu a sua essência como forma de expressão, arte e comunicação.
O desenhista pode ser um técnico, um desenhista industrial, programador visual ou aquele que simplesmente se dedica ao desenho livre. Trata-se de pessoas talentosas, que criam com papel e lápis.

Parabéns para todos ( e para mim também)!

 Desenho de Escher,  outro desenhista nível cinco girassóis de Van Gogh,rs.

domingo, 13 de abril de 2014

Resenha: Giz pastel seco soft redondo da Koh-i-Noor

Olá povo arteiro!

Hoje vim falar novamente de giz pastel, o meu queridinho da Koh-i-Noor. Eu uso o da linha Toison d´Dor (segundo o tradutor aqui, velocino de ouro em francês, que riqueza kkkk).



Faz teeempo que conheço esta marca e sempre gostei muito. Ela tem pigmentos com cores vibrantes e que se mesclam bem. O que eu tenho é o redondo (eles tem uma versão soft quadrada) e ainda enrolado com um papel (para proteger nossas mãos do seu poder de tingimento,rs).
Já vi alguns que estão vindo com um plástico e achei bem melhor porque para fixar o papel no giz eles usam uma cola, que é de difícil remoção e às vezes, quando fica no giz, risca e marca o papel do nosso trabalho.


Meu giz pastel Toison D'or, meu lápis pastel e meu esfuminho em cima deles.


Eu recomendo aplicar o giz pastel em movimentos suaves circulares ou raspá-lo com um estilete e depois esfumaçá-lo com o dedo, algodão ou esfuminho. 
Se você quer que a cor grude logo no papel o mais recomendado é usar os seus lindos dedinhos mesmo. É importante lembrar que sua mão deve estar limpa e seca, senão meu filho, é caca na certa!
Para você que está iniciando ou a sua pintura é clara, uma dica bem legal é fazer uma base com giz pastel seco branco (se o papel for branco). Assim você tem uma camada de proteção entre o papel e as cores mais fortes e que ajuda na mesclagem das cores. Para vocês entenderem melhor, vou começar a mostrar para vocês minha última obra com giz pastel. 


Aqui vocês tem o esboço, feito com lapiseira com grafite 2B. Depois disso passei limpa-tipos (borracha artística) para ir para a segunda etapa, onde fiz uma base com giz pastel branco.






Aqui fiz uma base no rosto com giz pastel branco e comecei a aplicar cinza, preto e marrom para começar a modelar as sombras.




Tive um pequeno problema técnico com o papel que começou a esfarelar. Tomem cuidado com a escolha do papel, tive sérios problemas com o papel de aquarela que resolvi testar se funcionava para giz pastel. 


Eu pronta para esfumaçar o outro olho...

Quando comecei a espalhar o giz pastel com o esfuminho o papel deu uma esfarelada maior. A solução foi passar mais camadas de branco e amarelo pele para assentar a fibra do papel. Graças a Deus deu certo! 
O legal do giz pastel é isso, ele funciona de forma parecida com a tinta em uma tela. Dá para fazer uma camada de cor escura e ir colocando as cores claras por cima na maioria das vezes. 


 Também tomem cuidado de não ficar dando dedadas na folha, às vezes um pouquinho de gordura fica e o giz pastel revela o seu crime. O algodão e o esfuminho tem o mesmo problema: eles acabam tirando um pouco da quantidade de giz que você colocou, quer dizer, haverá desperdício. Fazer o que, tem lugares em que só eles resolvem.




Aqui está o desenho um pouco mais adiantado, e com certeza foi mais rápido usar giz pastel para fazer esta jaqueta, pois é só ir depositando o giz pastel e esfumaçando. O único lugar em que não usei o giz da Koh-i-Noor foi no cabelo, que vou falar no próximo post sobre isso. Um problema do giz pastel é a cor vermelha, não é um vermelho sabe, lembra mais um laranja escuro. Para conseguir esta cor tive que usar rosa misturado com o "vermelho" e lilás e marrom nas sombras.




 E aqui o desenho pronto! Eu adorei o resultado, só achei que o fundo ficou um pouco riscado (acabei pesando a mão ali). 


Resumindo...


O giz Toison D'or, da Koh-i-Noor é ótimo, tem cores vibrantes bem miscíveis entre si. Se puder compre a caixa de 36 cores (sei que é caro, custo Brasil infelizmente). Algumas vezes perco tempo fazendo misturas. Procure também o giz que vem enrolado em um plástico, não em um papel, para não correr o risco de marcar seu desenho. Ah, e tenha paciência com a cor vermelha,rs.

Cinco girassóis de Van Gogh para o giz pastel Toison D'or!


Ahhh, o lápis pastel vai ficar para outro post tá bom? Não me matem por isso, estava ficando gigante o post.

Até mais pessoal! Boa semana para vocês! :D

sábado, 5 de abril de 2014

Aleluia! Giz pastel!

 Olá artistas e arteiros!


Eu com meus dedos sujos de giz pastel dando um tchau para vocês! 

Cumprindo minha promessa estou aqui para falar, finalmente sobre giz pastel! Aleluia! 
Vou fazer a resenha do giz pastel que tenho em um próximo post, senão o texto iria ficar um pergaminho tá pessoal?

Antes que alguém pergunte, chama-se pastel, mas não é de comer (piada infame de artistas,rs) ! É um material super versátil e que tem efeitos comparados à tinta a óleo. Foi usado por Leonardo da Vinci, mas quem o fez se destacar foi Edgar Degas, impressionista famoso por suas bailarinas.


Degas, Edgar. Duas dançarinas entrando no palco. 1877-1878. Giz pastel.



Tipos de giz pastel


Pastel oleoso- a meu ver, parece um giz de cera mole, só que bem mais pigmentado.Fixa-se facilmente na folha de papel e é difícil espalhá-lo na folha. Sinceridade, eu detesto ele! Detesto ficar esfregando com força meu dedo ou um algodão para conseguir esfumaça-lo. Alguns usam o pincel para esfumaçar.


Pastel Soft - Este é o mais macio e mais fácil de espalhar,  é o meu queridinho! Ele se parece com aquele giz de lousa, a diferença é o pigmento, infinitas vezes melhor.Normalmente é encontrado em formato de bastão redondo (igual ao meu), sendo indicado para cobrir grandes áreas de cor (é uma beleza para fazer céu e paisagens, por exemplo).
Tanto ele como o pastel carré  possuem um problema, quando friccionados na folha ou em uma tela viram um pó que faz uma sujeira só. Então cuidado ao manusear e depois do trabalho pronto passe um fixador (ou spray de cabelo, já falei sobre isso aqui).

Pastel Carré - Este é menos macio que o pastel soft, proporcionando um traço mais firme e facilitando na hora de fazer alguns detalhes. Este pode ser encontrado em forma de bastão retangular. Só que isso vai depender da marca. Já encontrei giz pastel retangular que era soft.

Lápis pastel - Tem a mesma forma de um lápis normal, feito de madeira, mas a diferença é que dentro a mina é composta de giz. Este giz é mais duro(praticamente um carré) e é usado para fazer pequenos detalhes mais precisos. Normalmente são encontrados com uma gama de cores menor. 


O que você recomenda?

Sinceridade, giz pastel seco é maravilhoso porém é caro que dói. Se você for comprar as cores individualmente os preços estão na média de R$5,00. Para começar recomendo que vocês comprem o giz pastel seco soft, na caixa de 24 cores, no mínimo. Comprando o conjunto sai mais barato. Se tiver dinheiro invista no lápis pastel também. Ele é quase a mesma coisa que o giz pastel carré e tem a vantagem de ser mais fácil de segurar e aplicar em detalhes.

Quais papéis utilizar?


Giz pastel seco precisa de um papel resistente, porém não tão macio. Meu último desenho tentei fazer no verso do papel de aquarela que tinha aqui, mas foi uma catástrofe. O papel começou a esfarelar, para o meu panico. Recomendo um papel vergê ou mi-teintes. 


 Só para vocês sentirem o gostinho, este é um detalhe do meu último desenho, onde usei giz pastel soft e lápis pastel.




Próximo post então será a resenha sobre meu giz pastel e de quebra vou mostrar um pouco do meu último retrato para vocês! Aguardem!

Até mais pessoal!